25 ANOS DE HISTÓRIAS Episódio: Ser reconhecido como Cidadão Brasileiro – Regularização de documentos

As famílias vinham solicitar vagas para os filhos no CEJOLE, porém, quando íamos efetivar a matrícula, descobríamos que a criança não tinha documentos, não era registrada legalmente e, por este motivo, também não frequentavam a escola regular. A documentação da criança não era feita por motivos variados: pais que perderam seus próprios documentos em enchentes, outros que foram assaltados e até por falta de informação.
A partir desses relatos, começamos uma grande via sacra via telefone para localizar cartórios que, na maioria das vezes, eram dos estados do norte e nordeste do Brasil. A segunda via dos documentos dos pais eram enviadas ao CEJOLE. Cada um que chegava era celebrado com grande alegria e, no momento de entregá-los, sentíamos que por meio daquele documento, estávamos resgatando a dignidade daquela família. E todas as segundas vias de registros que foram solicitadas chegaram. O passo seguinte foi orientar os pais para tirar os documentos e depois registrar os filhos. Houve situações em que dialogávamos com a diretora da escola e pedíamos   que fizesse a matrícula da criança, para que ela não perdesse o ano e assim que chegasse o documento do responsável, a situação da criança seria regularizada na escola. E tivemos vários casos de criança nesta situação. Foi um tempo em que intervinham as mãos de Deus nos pequenos ac

ontecimentos, pois as dificuldades do cotidiano eram solucionadas ou amenizadas por várias mãos, algumas conhecidas, outras não, mas que foram instrumentos de Deus.

Ir. Sônia Maria Coelho
agosto 26, 2015