CEJOLE

Estamos na eminência de se aprovar a redução da maioridade penal. Ante a polêmica que se estabeleceu, percebe-se que as discussões em torno do assunto tem girado em torno daqueles que tem interesses políticos. Não há preocupação em dar oportunidades para que a população da periferia se posicione e nem em ouvir a população da faixa etária envolvida, para a discussões sobre o tema. Assim, optamos por, ao longo deste mês, estudarmos e refletirmos sobre os prós e contras da redução da maioridade penal no Brasil. Fizemos encontros com as famílias e debatemos o tema em sala. A polêmica em torno do assunto é grande, houve muitas discussões, assistimos depoimentos de ambas as partes, ou seja, daqueles que são contra e dos que são a favor. Nossos adolescentes descobriram que de nada resolverá a redução da maioridade penal, senão olharmos para a raiz do problema, senão olharmos para a estrutura social que atualmente está estabelecida. Temos que ter dignidade para se viver. Falta educação de qualidade, lazer e saúde acessíveis a todos. Reduzir ou não a maioridade é uma discussão que deveria ser expandida para outras organizações sociais que também atendem adolescentes e jovens. Então organizamos um fórum para que, em um mesmo local, representantes da família, da comunidade e dos jovens destas organizações junto conosco refletissem também. O protagonismo juvenil permeou todo o evento, as opiniões foram diversas para ambos os lados, e a exposição das ideias e dos pontos de vista foram feitos e acatados de forma respeitosa e acolhedora. Tivemos presentes, neste fórum, representantes de 17 organizações sociais e a presença de representantes do Centro de Referência de Assistência Social.